O programa As Metropolitanas levado ao ar pela rádio Metrópole FM no dia 27/11/12, queria saber dos ouvintes: “Você acredita no fim do mundo? O que você faria se o mundo fosse acabar? Ticiane Bicelli introduziu o tema: “de acordo com uma profecia do povo Maya o fim do mundo está bem próximo; o apocalipse chegaria no dia 21/12 deste ano. Segundo a teoria difundida no mundo ocidental, desastres naturais em série levariam a humanidade à ruína...” e pediu-me um comentário, sob o ponto de vista da Astrologia.
Escrevi algumas linhas para orientar a minha fala e depois pensei que seria bom compartilhar as idéias aqui no blog. Fiz uma pequena revisão e aí vai o texto final. Se preferirem ouvir a gravação, entrem no site da radio: www.radiometropole.com.br
Para a astrologia, que é uma ciência que trabalha com ciclos planetários, sempre nós vamos ter um começo e um fim de tudo que existe no mundo. Por exemplo, uma pessoa nasce em determinado signo, onde o Sol está passando naquele momento (seu signo solar); todo ano, quando ela faz aniversário, o Sol, que já andou por todos os outros onze signos, volta à mesma posição do signo que ocupava no dia daquele nascimento. Ela fecha um ciclo do Sol e começa outro. Simbolicamente, a cada aniversário, a pessoa morre e tem um novo nascimento com perspectivas de desafios e oportunidades, que ela vai ter que lidar naquele período de um ano de vida, até o próximo aniversário. Esse é um ciclo que todos vivenciam a nível pessoal e que propicia a análise de questões relacionadas a vários assuntos de sua vida: família, relacionamentos, profissão, finanças, saúde, amizades...
Temos ciclos de planetas mais associados a questões sociais, coletivas, que apontam para momentos positivos e negativos da história da humanidade.
Nós estamos vivendo uma época de grandes mudanças e transformações coletivas, principalmente desde 2008, quando o planeta Plutão entrou no signo de Capricórnio, significando uma época de morte e renascimento. Todas as estruturas que pareciam seguras, mas que não precisamos mais estão caindo, morrendo, quer seja no sentido simbólico: o término de padrões antigos de comportamentos, a quebra de relacionamentos, a queda de governos em alguns países; ou no sentido real: desabamentos de construções diversas, terremotos de grandes proporções com a morte de muitas pessoas.
Em 2011 o planeta Urano entrou no signo de Áries, acelerando tudo que envolve tecnologia, as descobertas na ciência, aumentando mundialmente os movimentos e reivindicações populares nas ruas, com uma explosão das redes sociais na internet, que em um minuto leva o conhecimento e a informação para todo o planeta. Infelizmente estamos presenciando também o aumento dos incêndios e da violência, que atualmente acontecem “do nada!”.
Plutão e Urano estarão brigando no céu entre 2012 e 2015.
Esta é uma briga entre o velho e o novo, o conservador e o ousado, o estruturado ou estagnado e o arriscado, instável. É claro que nesse processo a natureza cobra o seu tributo: terremotos, tsunamis, enchentes, desabamentos, mas que acontecem desde que o mundo é mundo e que o homem interfere no curso da natureza, colhendo, obviamente, aquilo que ele plantou. Então, também as guerras e as lutas de poder entre grupos de diferentes interesses fazem parte desse período até 2015.
Agora, o que tem de novo nesse momento? No dia 5 de outubro de 2012 o planeta Saturno entrou no signo de Escorpião,onde já esteve há 30 anos atrás, e no qual permanecerá também até 2015. Ele é conhecido como o senhor do karma, o policial cósmico, o ajustador, o que cobra responsabilidades e resultados e que nos diz quando é chegado o tempo para plantar, cultivar, colher e qual a responsabilidade que nós temos sobre isso. Como ele está no signo de Escorpião, traz à tona tudo que está escondido para ser transformado; ele simboliza as crises, a regeneração, a sexualidade, poder, morte e renascimento, limpeza, transformação. Saturno vai nos obrigar coletivamente a uma revisão profunda de tudo que precisamos nos desapegar profundamente, para melhor reestruturação. Nessa posição ele nos diz também que não podemos nem devemos querer controlar e interferir no curso natural das coisas, pois tudo tem seu tempo de viver, crescer e morrer. Com certeza, mesmo que através da dor e da perda, as pessoas vão ter que ajudar e pedir ajuda, na construção de um mundo socialmente mais justo.
Então, o fim do mundo já começou, mas que mundo é esse que está acabando? Esse fim do mundo está principalmente dentro de cada um de nós. Não vamos nos deixar levar por visões catastrofistas! Lembremos que essa história começou com a finalização do calendário Maya, fechando uma era de 5125 anos para esse povo, o que vem sendo interpretado por alguns como o fim do mundo no dia 21/12/12. Mas na verdade, para os Mayas, é o começo de uma nova era, e como eu disse no início, tudo está sempre começando e finalizando. Gicele Alakija, Salvador, 09 de dezembro de 2012.
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